Algumas pessoas que possuem dívida privada de empréstimo estudantil estão sendo obrigadas a fazer pagamentos que não devem, segundo um fiscal federal.

Fiscal federal revela que alguns endividados com empréstimo estudantil estão sendo arrastados para pagar o que não devem!

  • O CFPB divulgou um relatório analisando reclamações de mutuários privados e federais de empréstimos estudantis.
  • Ele descobriu que os mutuários privados estavam recebendo informações incorretas de seus credores sobre alívio.
  • Especificamente, eles foram informados incorretamente de que não eram elegíveis para alívio de falência.

Alguns credores podem estar desencorajando os mutuários de empréstimos estudantis privados a receberem o alívio a que têm direito.

O ombudsman de empréstimos para educação do Bureau de Proteção Financeira ao Consumidor, Robert Cameron, divulgou o relatório anual de reclamações de empréstimos estudantis do período de 1º de setembro de 2022 a 31 de agosto de 2023. Nesse período, 9.284 mutuários de empréstimos estudantis enviaram reclamações – 6.934 das quais foram relacionadas a empréstimos federais e 2.350 das quais foram relacionadas a empréstimos privados.

A carteira atual de empréstimos estudantis privados nos EUA possui cerca de $132 bilhões em dívidas em aberto, o que representa 8% do total de dívidas estudantis em aberto. O CFPB descobriu que os credores estão enganando alguns desses mutuários e mantendo alguns deles em pagamento por dívidas que não devem.

Por exemplo, embora os mutuários privados não possam ter acesso ao alívio através da defesa do mutuário, que permite que os mutuários federais apresentem alegações de alívio se acreditarem terem sido fraudados pela instituição de ensino, a Regra do Credor da Comissão Federal de Comércio permite que os mutuários privados entrem com uma reclamação contra a instituição de ensino perante seu credor. No entanto, alguns mutuários informaram ao CFPB que seus credores ignoraram suas reclamações, mantendo-os em pagamento.

Além disso, o relatório informou que os credores estavam fornecendo aos mutuários “informações incorretas” quando se tratava de alívio através da falência. Embora alguns empréstimos privados não sejam elegíveis para liberação judicial, determinados tipos de empréstimos privados – como aqueles feitos para frequentar programas que podem não ter tido acesso à ajuda federal para estudantes – são cobertos por uma ordem geral de liberação.

No entanto, os mutuários reclamaram que os credores lhes disseram que nem os empréstimos estudantis federais nem os privados podem ser liberados por meio de falência, a menos que atendam a um padrão de dificuldade financeira.

Um mutuário disse: “Eu pedi falência em dezembro de 2021, que foi liberada em fevereiro de 2022. O empréstimo foi removido do meu relatório de crédito, mas depois foi colocado de volta e em pagamento em abril de 2022. Eles ainda estão tentando cobrar esse empréstimo, mesmo que tenha sido liberado. Tentei falar com [meu servente], mas eles continuam me dizendo que não é elegível para liberação, sem explicação do porquê.”

O CFPB divulgou um relatório em março que destacou as orientações enganosas que os credores dão aos mutuários privados sobre falência. Ele descobriu que alguns credores estavam violando as leis de proteção ao consumidor, retomando a cobrança de dívidas que já haviam sido aprovadas para liberação judicial, levando alguns mutuários a pagar “milhares de dólares em dívidas liberadas.”

“Visto que os consumidores não podiam controlar as ações dos serventes, eles não poderiam razoavelmente evitar o prejuízo”, diz o relatório.

Como a Insider já relatou, mutuários de empréstimos estudantis privados são mais vulneráveis do que mutuários federais, porque eles não têm as mesmas opções de alívio e pagamento de dívidas federais, e é mais difícil regular os credores privados que podem estabelecer seus próprios termos.

O ombudsman Cameron do CFPB está recomendando que os reguladores e as autoridades policiais examinem se os credores privados divulgam adequadamente os termos aos mutuários, incluindo informar de antemão se um mutuário possui empréstimos que possam ser elegíveis para liberação por falência.