Ações chinesas lideram êxodo estrangeiro dos mercados emergentes em agosto – IIF

Ações chinesas lideram saída de estrangeiros dos mercados emergentes em agosto - IIF.

NOVA YORK, 13 de setembro (ANBLE) – As ações chinesas sofreram um golpe recorde, já que investidores estrangeiros retiraram US$ 15,5 bilhões de carteiras de mercados emergentes em agosto, a maior saída mensal em um ano, à medida que preocupações sobre o crescimento da China permearam as ações em um ano forte para os EMs.

Um relatório mensal do Instituto de Finanças Internacionais mostrou que não residentes retiraram US$ 14,9 bilhões de ações chinesas, a maior saída mensal registrada desde 2015, enquanto a dívida chinesa registrou saída de US$ 5,1 bilhões.

Os investidores ficaram desanimados com o crescimento econômico da China e a falta de medidas de estímulo do governo no final de julho, já que o governo sacrifica um crescimento mais acentuado em prol da prosperidade compartilhada. A turbulência recente no setor imobiliário também contribuiu para o tom negativo do investidor.

Os índices amplos de ações e moedas de mercados emergentes da MSCI registraram em agosto suas maiores quedas mensais desde fevereiro.

A saída de mercados emergentes destaca “o sentimento negativo em relação aos desafios econômicos (da China), em meio ao ceticismo em relação às medidas para conter a desaceleração econômica”, segundo Jonathan Fortun, da IIF ANBLE.

Na quarta-feira, a Amundi, a maior gestora de ativos da Europa, reduziu sua visão sobre as ações chinesas e disse ter elevado as previsões de crescimento dos Estados Unidos, enquanto reduziu as da China.

A saída de ações fora da China foi de US$ 6,6 bilhões no mês passado, o maior desde setembro de 2022, enquanto títulos de dívida fora da China registraram o sétimo mês de entradas nos últimos oito meses, totalizando US$ 11,1 bilhões.

“A diminuição da volatilidade cambial (…) está encorajando credores estrangeiros a se beneficiarem das curvas de rendimento locais dos EMs”, disse Fortun.

A Ásia e a América Latina registraram saídas de quase US$ 5 bilhões no mês passado, enquanto a região da África e Oriente Médio registrou saída de US$ 5,5 bilhões, segundo o relatório da IIF.

As ações caíram em todas as regiões geográficas, enquanto a dívida registrou entradas na Ásia, América Latina e Europa emergente.

Os números acumulados até agosto mostram uma saída de US$ 13,1 bilhões da China, enquanto mercados emergentes excluindo a China receberam US$ 139,5 bilhões de entradas de portfólio de não residentes.