A empresa de petróleo argentina YPF sofre prejuízo devido aos preços desanimados dos combustíveis

YPF, empresa de petróleo da Argentina, passa por apertos financeiros devido aos preços nada animadores dos combustíveis

8 de novembro (ANBLE) – A empresa petrolífera nacional argentina YPF registrou prejuízo no terceiro trimestre, prejudicada pela queda dos preços locais dos combustíveis e pelo aumento dos custos operacionais, informou a empresa na quarta-feira.

O resultado ficou significativamente abaixo das expectativas dos analistas.

O prejuízo líquido no período totalizou US$ 137 milhões, em comparação com um lucro de US$ 693 milhões no terceiro trimestre do ano anterior, e ficando aquém das expectativas de lucro líquido de cerca de US$ 175 milhões compiladas pelos analistas da LSEG.

A receita da produtora estatal caiu cerca de 16% para US$ 4,5 bilhões no período de julho a setembro, devido em parte à queda dos preços locais dos combustíveis em dólares, informou a YPF em comunicado.

Em agosto, a Argentina congelou os preços dos combustíveis na tentativa de conter uma inflação de três dígitos.

Os custos operacionais aumentaram 11% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA), ou lucro central, diminuiu 37% para US$ 992 milhões no trimestre.

O prejuízo ocorre apesar do aumento constante na produção da gigantesca formação de xisto de Vaca Muerta, no oeste da Argentina, uma das maiores do mundo.

A YPF informou que a produção total de petróleo e gás aumentou 3% no terceiro trimestre, com a produção de petróleo bruto aumentando 5,4%.

A empresa acrescentou que seu gasoduto Vaca Muerta, na região norte, deverá estar totalmente operacional neste mês e que seu aumento será gradual e começará no início do próximo ano.

As ações da YPF fecharam em baixa de 1%.

Em setembro, um juiz dos Estados Unidos decidiu que a Argentina deve pagar cerca de US$ 16 bilhões aos acionistas minoritários da YPF em decorrência da apreensão majoritária da empresa pelo governo em 2012.

Na época, o governo da Argentina, que enfrenta sérias dificuldades financeiras marcadas pela escassez de reservas cambiais, prometeu recorrer imediatamente da decisão.

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