O ativista pela privacidade Schrems apresenta queixas contra o Fitbit do Google

Ativista Schrems apresenta queixas contra Fitbit do Google.

ESTOCOLMO, 31 de agosto (ANBLE) – O grupo de defesa Noyb apresentou queixas contra a Fitbit, pertencente ao Google, na Áustria, nos Países Baixos e na Itália, acusando a empresa de rastreamento de fitness de violar o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia.

O Noyb (None Of Your Business), grupo de direitos digitais sediado em Viena e fundado pelo ativista de privacidade Max Schrems, já apresentou centenas de queixas contra grandes empresas de tecnologia, desde o Google da Alphabet Inc (GOOGL.O) até o Meta, por violações de privacidade, algumas das quais resultaram em grandes multas.

O Noyb afirmou que a Fitbit obriga os usuários a consentirem na transferência de dados fora da União Europeia e não oferece a possibilidade de retirar o consentimento, violando as exigências do RGPD.

A Fitbit vende relógios que rastreiam atividades, frequência cardíaca e sono. Também oferece um serviço de assinatura a partir de US$ 9,99 por mês.

“Dado que a empresa coleta os dados de saúde mais sensíveis, é surpreendente que ela nem mesmo tente explicar o uso desses dados, como exigido por lei”, disse Bernardo Armentano, advogado de proteção de dados da Noyb.

As multas por violação das regras do RGPD podem chegar a 4% da receita anual global de uma empresa. A receita anual do Google foi de US$ 280 bilhões em 2022.

O grupo de defesa deseja que a Fitbit seja obrigada a compartilhar todas as informações obrigatórias sobre as transferências de dados com seus usuários e permita que eles usem o aplicativo sem precisar consentir com as transferências.

Embora o RGPD permita que qualquer pessoa retire seu consentimento, a política de privacidade da Fitbit afirma que a única maneira de retirar o consentimento é excluir uma conta, o que significa perder os treinos e dados de saúde registrados anteriormente, disse o Noyb.