Administração Biden anuncia planos para reduzir as contas médicas dos relatórios de crédito

Biden administration announces plans to reduce medical bills on credit reports

21 de setembro (ANBLE) – A administração Biden anunciou na quinta-feira planos para remover contas médicas dos relatórios de crédito dos americanos, visando acabar com o que chamou de táticas coercivas de cobrança de dívidas que afetam milhões de consumidores.

As propostas em consideração ajudariam as famílias a se recuperarem financeiramente de crises médicas, impediriam que os cobradores de dívidas coagissem as pessoas a pagarem contas que talvez nem devam e garantiriam que os credores não estejam se baseando em dados frequentemente cheios de imprecisões e erros, anunciaram a vice-presidente Kamala Harris e Rohit Chopra, o principal fiscalizador de finanças do consumidor.

Harris disse aos repórteres que mais de 100 milhões de americanos têm dívidas médicas não pagas.

“Muitas das dívidas que as pessoas acumularam são devido a emergências médicas”, disse ela. “Sabemos que as pontuações de crédito determinam se uma pessoa pode ter saúde e bem-estar econômico, quanto mais a capacidade de aumentar sua riqueza.”

A agência de Chopra, o Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), relatou no ano passado que cerca de 20% dos americanos têm dívidas médicas, mas o CFPB disse que seus dados também mostraram que os dados de cobrança médica são um indicador fraco de se os consumidores provavelmente pagarão dívidas tradicionais.

O instituto de pesquisa Brookings Institution também encontrou grandes disparidades nas estatísticas de dívidas médicas, com cerca de 80% das dívidas sendo detidas por famílias com patrimônio líquido zero ou negativo, e comunidades de cor sendo especialmente afetadas. Por exemplo, 27% das famílias negras têm dívidas médicas, em comparação com 16,8% das famílias não negras.

De acordo com o CFPB, a Fair Credit Reporting Act (Lei de Relatórios Justos de Crédito) restringe o uso de informações médicas em decisões de crédito e relatórios de crédito. A agência anunciou na quinta-feira diretrizes de política que poderiam levar a novas regulamentações.