Bilionário russo da tecnologia deseja que sanções sejam levantadas depois de criticar invasão da Ucrânia, diz relatório.
Bilionário russo de tecnologia quer fim das sanções após criticar invasão da Ucrânia.
- Um oligarca russo pediu à UE para suspender as sanções contra ele depois de condenar a guerra de Putin.
- Arkady Volozh fez o pedido dias depois de chamar a guerra de “bárbara”, segundo o Financial Times.
- A UE acusou a empresa de Volozh, a Yandex, de promover propaganda russa por meio de seu mecanismo de busca.
O oligarca russo Arkady Volozh será o primeiro a pedir formalmente a suspensão das sanções após condenar a invasão da Ucrânia por Vladimir Putin, segundo um relatório.
O Financial Times relatou que os advogados de Volozh pediram à União Europeia para revogar as sanções impostas ao bilionário da tecnologia em junho passado, depois que ele optou por criticar a ofensiva de Putin 18 meses após a invasão da Rússia.
Isso é considerado o primeiro teste de como o Ocidente tratará oligarcas anteriormente sancionados que passaram a denunciar publicamente a guerra de Putin. O bloco deve discutir o pedido no próximo mês, informou o jornal.
O pedido dos advogados de Volozh foi feito poucos dias depois de ele condenar publicamente a invasão e a guerra em curso como “bárbara”, informou o Financial Times, acrescentando que ele ficou pessoalmente horrorizado com o bombardeio de casas ucranianas.
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“Havia motivos para ficar em silêncio durante todo esse processo”, disse Volozh à BBC em um comunicado.
“Embora sempre haja perguntas sobre o momento da minha declaração hoje, não deve haver perguntas sobre sua essência. Sou contra a guerra”, acrescentou.
Volozh é co-fundador e ex-CEO da Yandex, uma resposta russa ao Google. Ele renunciou ao cargo em junho do ano passado, logo após ser sancionado.
Em um comunicado no site da Yandex, ele chamou a decisão de impor sanções a ele de “equivocada e, em última análise, contraproducente”.
Em sua justificativa para as sanções, a UE afirmou que Volozh desempenhou um papel de liderança em setores que geram uma “fonte substancial de receita” para a Rússia.
A Europa também acusou a Yandex de promover mídia estatal e narrativas em seus resultados de pesquisa, ao mesmo tempo em que rebaixa e remove conteúdo crítico ao Kremlin e à sua guerra.
Desde que as sanções foram impostas, a mansão de cinco andares de Volozh em Amsterdã se tornou alvo de ativistas que começaram a ocupá-la. Em novembro, um juiz decidiu que os ocupantes não precisavam ser despejados da propriedade.
Volozh vive em Israel desde 2014. Ele é o mais recente de apenas um punhado de oligarcas a criticar a ofensiva contínua de Putin na vizinha Ucrânia.
O bilionário industrial Oleg Deripraska teve seu complexo de Sochi, no valor de US$ 1 bilhão, confiscado após criticar a invasão, informou o FT em dezembro.
Representantes de Volozh não responderam imediatamente a um pedido de comentário da Insider, feito fora do horário de trabalho normal.