O Brasil prevê aumento na receita para eliminar o déficit em 2024
Brasil prevê receita maior para eliminar déficit em 2024.
BRASÍLIA, 31 de agosto (ANBLE) – O governo do Brasil delineou um plano ambicioso para resgatar suas contas públicas do déficit, o qual depende de garantir 168,5 bilhões de reais (34 bilhões de dólares) em receitas extras, de acordo com o projeto de lei orçamentária de 2024 enviado ao Congresso na quinta-feira.
A proposta prevê que o governo central – composto pelo Tesouro, banco central e previdência social – encerrará o próximo ano com um superávit primário de 2,8 bilhões de reais (565,7 milhões de dólares), aderindo à meta oficial de um déficit zero.
O número implicaria uma reviravolta significativa em relação ao déficit primário projetado pelo governo de 145,4 bilhões de reais para este ano.
Sua viabilidade é vista com ceticismo pelo mercado, principalmente devido à sua dependência substancial de iniciativas cuja capacidade de gerar receita permanece incerta ou que dependem da aprovação do Congresso, onde o governo do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva não possui uma maioria consolidada.
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Esse pacote de medidas inclui alterações nas regulamentações tributárias aprovadas pelo Congresso que elevam o patamar para as empresas contestarem com sucesso suas contas de impostos, mas também envolve outros projetos de lei que estão atualmente aguardando votação, como a regulamentação das apostas esportivas, juntamente com ajustes fiscais propostos para fundos de investimento fechados e offshore.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança nas metas fiscais do governo em uma coletiva de imprensa realizada mais cedo na quinta-feira, citando as iniciativas de aumento de receita recentemente enviadas.
Ele destacou um novo projeto de lei proposto com o objetivo de formalizar uma decisão judicial que determina que os descontos fiscais corporativos concedidos pelos estados não podem mais ser utilizados para reduzir a renda tributável das empresas para fins de receita federal.
Mais cedo na quinta-feira, o governo também enviou ao Congresso outro projeto de lei dentro do pacote para aumentar a receita, proibindo o instrumento de pagamento aos acionistas “juros sobre o capital próprio” (JCP) de ser deduzido das obrigações fiscais das empresas, a partir de janeiro de 2024.
A proposta orçamentária foi baseada nas projeções do governo de crescimento do PIB de 2,3% e taxa de inflação de 3,3% para 2024.
No entanto, as ANBLEs privadas pesquisadas semanalmente pelo banco central têm uma perspectiva mais pessimista, estimando que a economia expandirá 1,33% no próximo ano e a taxa de inflação alcançará 3,87%.
($1 = 4,9493 reais)