Presidente do Banco Central do Brasil preocupado com dúvidas sobre a meta fiscal.
Presidente do Banco Central do Brasil apreensivo com incertezas em torno da meta fiscal.
NOVA YORK, 9 de novembro (ANBLE) – O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, declarou nesta quinta-feira que qualquer mudança na meta fiscal do país levantaria preocupações, após comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que colocaram em dúvida a promessa do governo de eliminar o déficit fiscal.
Campos Neto afirmou durante a conferência ANBLE NEXT em Nova York que “há muita incerteza sobre se o Brasil será capaz de realmente seguir um caminho fiscal sustentável”, acrescentando que isso eleva os prêmios de risco e afeta a política monetária.
“A única razão pela qual o Banco Central se preocupa com isso não é por causa da (meta) fiscal em si, é porque afeta variáveis importantes para nosso processo de tomada de decisão”, disse ele, mencionando potenciais efeitos nos mercados de câmbio e futuros de taxas de juros.
No final de outubro, Lula afirmou que seu governo não precisava eliminar o déficit primário no próximo ano, como proposto anteriormente ao Congresso sob novas regras fiscais – comentários que causaram turbulência nos mercados financeiros e alteraram as previsões de taxa de juros.
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Desde então, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou amplamente o compromisso do Brasil com o “equilíbrio fiscal”, mas os legisladores envolvidos no projeto de lei orçamentária do próximo ano estão dando indícios claros de que pretendem flexibilizar a meta de déficit zero.
Na entrevista desta quinta-feira, Campos Neto destacou que o Brasil aprovou reformas importantes desde a pandemia de COVID-19, incluindo uma reformulação dos impostos sobre o consumo, que foi aprovada pelo Senado na quarta-feira, mas reconheceu a incerteza em relação à política fiscal.
“E isso influencia muito as variáveis importantes para nós quando tomamos decisões na política monetária”, reforçou.
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