A Colômbia mira dois cortes de taxa antes do final do ano, diz ministro das finanças.
A Colômbia mira duas reduções na taxa de juros antes do final do ano, declara ministro das finanças.
MARRAKECH, 14 de outubro (ANBLE) – O Ministro das Finanças da Colômbia, Ricardo Bonilla, disse no sábado que seu ministério está trabalhando junto ao banco central para reduzir a taxa de juros de referência de 13,25% para 13% na reunião de política de outubro, com outra redução prevista antes do final do ano.
“A expectativa é de mais um corte em dezembro”, disse Bonilla à ANBLE à margem das reuniões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional em Marrakech.
“A mensagem de redução da taxa chave é para todos os bancos, porque hoje a taxa é um obstáculo para a recuperação econômica”, acrescentou ele.
O banco central manteve a taxa-chave em 13,25% em setembro pela terceira vez consecutiva, citando a persistência da inflação. Bonilla disse que a inflação deve atingir 9,2% no final de 2023.
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Bonilla, que representa o governo no conselho de sete membros, já defendeu cortes de taxas anteriormente.
Dois membros votaram pela diminuição do custo de empréstimos na reunião de setembro do conselho, embora o banco não revele como cada membro votou. Cinco membros votaram pela manutenção dos custos de empréstimos estáveis em 13,25%.
O presidente colombiano Gustavo Petro expressou desapontamento com a decisão de setembro e disse que esperava que os cortes viessem em breve.
O índice de preços ao consumidor da Colômbia subiu 0,54% em setembro, levando o crescimento acumulado de preços em 12 meses para 10,99%. Isso foi menor do que os picos em 2022, mas ainda mais do que o alvo de longo prazo do banco central, que é de 3%.
A equipe técnica do banco central espera que a economia da Colômbia cresça 0,9% este ano, em comparação com uma expansão de 7,3% em 2022.
Bonilla disse que o conflito entre Israel e o Hamas “certamente impactará nos preços do petróleo” e poderá fazer com que o governo aumente ainda mais os preços domésticos dos combustíveis.
Ele acrescentou que o Congresso deve ser capaz de aprovar projetos de reforma trabalhista, previdenciária e de saúde durante o primeiro semestre de 2024 como parte dos esforços do governo para reduzir a pobreza e a desigualdade.