Exclusivo Colômbia considera tornar a Ecopetrol parceira obrigatória em fazendas eólicas offshore

Colômbia considera tornar Ecopetrol parceira obrigatória em fazendas eólicas offshore.

BOGOTÁ, 11 de setembro (ANBLE) – O governo da Colômbia está considerando revisar as regras para tornar a empresa estatal de energia Ecopetrol (ECO.CN) um parceiro obrigatório em todos os projetos de energia eólica offshore, informaram três pessoas familiarizadas com o assunto à ANBLE.

O Ministério de Minas e Energia consultará empresas interessadas em participar do primeiro leilão de energia eólica offshore da Colômbia sobre a proposta, disse uma das fontes nos últimos dias, acrescentando que o feedback até agora tem sido positivo.

Se aprovada, a revisão tornaria “obrigatória a participação da Ecopetrol em cada projeto offshore”, disse outra fonte à ANBLE.

O governo do presidente Gustavo Petro, primeiro líder de esquerda da Colômbia, tem como objetivo reduzir a dependência do país em relação aos combustíveis fósseis, garantindo ao mesmo tempo a autossuficiência energética.

O Ministério de Minas e Energia não respondeu às perguntas da ANBLE.

Ter a Ecopetrol como parceira de outras empresas em parques eólicos offshore ajudaria a “minimizar os riscos de novos projetos”, disse uma das fontes, acrescentando que a participação da Ecopetrol seria “muito, muito pequena”, sem mencionar possíveis porcentagens.

O envolvimento da Ecopetrol em projetos de energia eólica offshore ajudaria a fortalecer a autossuficiência energética, disse outra fonte.

“Para a segurança energética, é o mais importante”, disse outro, referindo-se ao envolvimento da Ecopetrol nos projetos.

Os planos para realizar a rodada de licitações para alocar blocos marítimos para parques eólicos offshore estão atrasados.

O ministério disse na semana passada que continua trabalhando na preparação dos documentos de licitação necessários, apesar de ter dito anteriormente que a documentação seria publicada em agosto.

Os processos para alterar os regulamentos – que foram publicados na última semana do governo anterior – estão atrasados, disse uma das pessoas, enquanto outra acrescentou que os contratempos se devem a mudanças na liderança do ministério.

A ex-ministra de Minas e Energia, Irene Vélez, renunciou em julho em meio a investigações sobre o possível crime de tráfico de influência, e foi substituída por Andrés Camacho no início de agosto.

“Acho que será difícil para (o leilão) acontecer este ano”, disse uma das fontes.