O Congresso do Brasil propõe regulamentações de mercado após o escândalo das Americanas
Congresso do Brasil propõe regulamentações de mercado após escândalo das Americanas' - 'Congress proposes market regulations in Brazil after Americanas scandal
BRASÍLIA, 4 de setembro (ANBLE) – Parlamentares federais no Brasil sugeriram várias medidas para fortalecer a prestação de contas no mercado financeiro, conforme mostrou um relatório na segunda-feira, após a varejista Americanas revelar este ano uma fraude de bilhões de dólares.
Em seu relatório final sobre a investigação da Americanas (AMER3.SA), o comitê de parlamentares propôs quatro medidas para o Congresso considerar com o objetivo de fortalecer as regulamentações do mercado.
O relatório vem semanas depois de o comitê ouvir os depoimentos de ex-executivos da Americanas e especialistas. A varejista pediu proteção contra falência em janeiro e relatou irregularidades contábeis de mais de US$ 5 bilhões.
A primeira medida do comitê propõe mudanças nas leis que regem a responsabilidade dos acionistas e gestores da empresa.
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Uma segunda proposta visa melhorar o acesso das empresas de auditoria independente às informações financeiras das empresas que estão auditando.
O comitê também propõe que o Congresso reforme a lei referente ao crime de “infidelidade patrimonial”, no qual um membro da gestão compromete os interesses da empresa, bem como os dos sócios ou acionistas da empresa.
A quarta e última medida proposta visa fortalecer as proteções para denunciantes no país e ampliar o escopo da denúncia.
“(A proposta é que o sistema de proteção do denunciante) cubra não apenas crimes contra a administração pública, mas também crimes contra o sistema financeiro nacional, contra o mercado de capitais ou contra outros interesses difusos ou coletivos”, diz o relatório.
Em junho, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, disse perante os parlamentares que um relatório independente dos assessores jurídicos da empresa mostrou envolvimento de ex-executivos, bancos e empresas de auditoria em declarações financeiras “fraudulentamente alteradas”.
A investigação não sugeriu o indiciamento de ninguém envolvido no escândalo.