De acordo com documentos judiciais, a Meta projetou deliberadamente suas plataformas para cativar as crianças, explorando suas vulnerabilidades psicológicas.

A Meta sabiamente projetou suas plataformas para encantar as crianças, explorando habilmente suas vulnerabilidades psicológicas, segundo documentos judiciais.

A reclamação, originalmente divulgada em formato redatado, foi o primeiro tiro de abertura em uma ação judicial arquivada no final de outubro pelos procuradores-gerais de 33 estados.

Documentos da empresa citados na reclamação descreviam vários representantes da Meta reconhecendo que a empresa projetou seus produtos para explorar as deficiências da psicologia jovem, como comportamento impulsivo, suscetibilidade à pressão dos pares e subestimação dos riscos, de acordo com os relatórios.

Outros reconheceram que o Facebook e o Instagram também eram populares entre crianças menores de 13 anos que, conforme a política da empresa, não tinham permissão para usar o serviço.

A Meta afirmou em um comunicado à Associated Press que a reclamação distorce o trabalho que realizaram na última década para tornar a experiência online segura para os adolescentes, observando que eles têm “mais de 30 ferramentas para apoiá-los e seus pais”.

Quanto à proibição de usuários mais jovens do serviço, a Meta argumentou que a verificação de idade é um “desafio complexo da indústria”.

Em vez disso, a Meta afirmou que prefere transferir o ônus de policiar o uso de menores para as lojas de aplicativos e para os pais, especificamente apoiando legislação federal que exija que as lojas de aplicativos obtenham aprovação dos pais sempre que jovens menores de 16 anos baixarem aplicativos.

Um executivo de segurança do Facebook insinuou a possibilidade de que reprimir usuários mais jovens possa prejudicar os negócios da empresa em um e-mail de 2019, segundo informou o The Wall Street Journal.

Mas um ano depois, o mesmo executivo expressou frustração pelo fato de que, enquanto o Facebook estudava prontamente o uso de usuários menores de idade por motivos comerciais, não demonstrava o mesmo entusiasmo em encontrar maneiras de identificar crianças mais jovens e removê-las de suas plataformas, relatou o Journal.

A reclamação observou que, às vezes, a Meta tem uma lista de espera de até 2,5 milhões de contas de crianças mais novas aguardando uma ação, de acordo com os relatórios do jornal.