Elon Musk recusou-se a responder quando perguntado se ele é responsável pela morte de ucranianos após bloquear um ataque à marinha russa.

Elon Musk recusou responder sobre a responsabilidade pela morte de ucranianos após bloquear ataque à marinha russa.

  • Elon Musk foi desafiado por um repórter da Sky News na quarta-feira.
  • Ele foi questionado se seu “ego e ignorância” haviam custado vidas ucranianas.
  • Uma nova biografia revelou que Musk impediu um ataque ucraniano à Rússia ao não ativar os satélites Starlink.

O chefe da SpaceX, Elon Musk, foi desafiado por um repórter sobre se sua decisão de impedir um ataque ucraniano à marinha russa ao não ativar os satélites Starlink havia custado vidas ucranianas.

James Matthews, correspondente da Sky News nos EUA, questionou Musk na terça-feira, enquanto ele saía de uma reunião com a Administração Federal de Aviação em Washington, DC.

Musk se recusou a responder quando questionado se seu “ego e ignorância” haviam custado vidas ucranianas, ou quando questionado sobre a descrição que o presidente russo Vladimir Putin fez dele como “excepcional”.

“Vladimir Putin o chama de excepcional, Sr. Musk. Você aprecia isso? Como você chamaria Vladimir Putin? Seu ego e ignorância, senhor, custaram vidas ucranianas? Um oficial de guerra sênior diz que sim”, disse Matthews.

Musk está enfrentando críticas depois que Walter Isaacson, em sua nova biografia do bilionário, revelou que Musk havia interrompido um ataque ucraniano à marinha russa em Sevastopol, na Crimeia, nas primeiras semanas da guerra na Ucrânia.

Musk se recusou a ativar os satélites Starlink que estavam sendo usados para guiar drones ucranianos até seus alvos, segundo Isaacson, corrigindo sua versão inicial na qual ele disse que Musk os havia desligado.

“A guerra na Ucrânia, quando nenhuma outra empresa ou mesmo país conseguiu manter os satélites de comunicação funcionando, deu a ele a oportunidade de se destacar mostrando seus instintos humanitários enquanto interpretava o super-herói”, disse Isaacson.

“Também mostrou as complexidades da infraestrutura militar crítica sendo controlada por um cidadão privado muitas vezes bem-intencionado, mas volúvel”.

Musk, em um tweet, disse que se não tivesse interrompido o ataque “então a SpaceX seria explicitamente cúmplice em um grande ato de guerra e escalada de conflito”.

A Ucrânia criticou a decisão, com Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, afirmando que, ao frustrar o ataque, Musk “permitiu que essa frota disparasse mísseis Kalibr contra cidades ucranianas”, resultando na morte de civis.

O Kremlin elogiou a decisão, com Putin descrevendo Musk como uma “pessoa excepcional” na quarta-feira.

Outros críticos afirmam que a alegação de Musk de que o ataque teria escalado o conflito estava errada e apontaram para outros ataques ucranianos em Sevastopol, incluindo um na terça-feira, que não resultaram em uma grande retaliação russa.