A Endesa, da Espanha, reduz lucro e perspectivas de dividendos após decisão sobre GNL.

A Endesa, a despenDESA da EsPANHA, deixando seu lUCRO de queixo caíDO e diminuindo as perspectivas de dividendos após uma decisão sobre o misterioso mundo do GNL.

MADRI, 23 de novembro (ANBLE) – A empresa de serviços públicos espanhola Endesa (ELE.MC) reduziu na quinta-feira suas perspectivas de lucro e dividendo, comprometendo-se a investir 8,9 bilhões de euros (€9,71 bilhões) até 2026 com um foco crescente em redes elétricas.

As novas orientações levam em consideração o impacto de uma ordem judicial para pagar US$570 milhões após uma audiência de arbitragem sobre um contrato de fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) de longo prazo com o Catar.

A empresa espanhola agora tem como objetivo um lucro ajustado, que exclui itens especiais e é usado para calcular os dividendos, de 1,1 bilhão de euros este ano e 1,6 bilhão a 1,7 bilhão de euros em 2024, abaixo de suas orientações anteriores.

A meta para 2026 é de 2,2 bilhões a 2,3 bilhões de euros.

O grupo também estabeleceu um piso de dividendo de 1 euro por ação, juntamente com sua política de pagamento de 70%. A Endesa agora prevê que o dividendo de 2024 seja de 1,1 euro por ação, ligeiramente abaixo da previsão anterior.

As ações do grupo caíram 2,3% às 08h30 GMT, enquanto o índice mais amplo permaneceu estável.

A empresa aumentou ligeiramente seus investimentos planejados em relação ao plano anterior, que previa gastos de 8,6 bilhões de euros entre 2023 e 2025.

A maior parte do aumento, cerca de 200 milhões de euros, será destinada às redes elétricas, que tendem a oferecer retornos previsíveis.

A Endesa destinou um total de 2,8 bilhões de euros para este setor. Os investimentos em energias renováveis permanecem estáveis em 4,3 bilhões de euros.

A empresa divulgou sua atualização estratégica um dia depois de sua empresa controladora Enel (ENEI.MI) ter apresentado seu próprio plano, no qual priorizará seus investimentos em redes elétricas, sendo mais cautelosa com projetos de energia renovável.

Algumas das gigantes de energia da Europa adotaram uma posição semelhante em relação às renováveis, uma vez que o setor enfrenta altas taxas de juros e crescentes custos de dívida.

O presidente-executivo da Iberdrola (IBE.MC), líder europeia em energia verde, disse no mês passado que a empresa será mais seletiva em seus investimentos. BP (BP.L) e a empresa de serviços públicos espanhola Naturgy (NTGY.MC) reduziram este ano os gastos planejados com energias renováveis.

A Endesa também espera obter cerca de 3 bilhões de euros por meio de parcerias e vendas de ativos, o que deverá ajudar a reduzir a dívida líquida em até 20% nos próximos três anos.

($1 = €0,9168)

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