Antigos combatentes de Wagner estão tendo que encontrar novas carreiras. Um deles iniciou uma empresa de táxi chamada ‘Wagner Taxi’, utilizando o logotipo do grupo.

Ex-Wagner fighters are having to find new careers. One of them started a taxi company called 'Wagner Taxi', using the group's logo.

  • Antigos soldados do Grupo Wagner estão sendo forçados a procurar novos empregos, segundo relatos russos.
  • Após a queda do avião de Yevgeny Prigozhin, muitos deles foram instruídos a procurar novos empregos, disse a mídia russa.
  • Um soldado começou uma empresa de táxi com o nome do grupo mercenário notório.

Ex-combatentes do grupo mercenário russo Wagner estão sendo obrigados a buscar novas carreiras após o colapso do grupo, incluindo um que começou uma empresa de táxi com o nome de seu antigo empregador, de acordo com relatos.

Valery Bogdanov, residente de Bolotnoye, na região de Novosibirsk, ao sul da Rússia, até mesmo imprimiu cartões de visita usando o emblema do Grupo Wagner, um crânio sorridente sobre um par de asas, segundo o veículo de comunicação russo VN.ru.

Segundo o VN.ru, Bogdanov deixou a Ucrânia em maio, quando um grande contingente de tropas do Wagner se retirou da cidade de Bakhmut, na região de Donetsk — embora não esteja claro exatamente onde ele lutou.

De acordo com o Daily Beast, Bogdanov tem cinco condenações por roubo e furto.

O VN.ru relatou que seu negócio de táxi tem um carro, mas ele planeja expandir.

Em grupos de bate-papo, ex-soldados do Wagner estão reclamando que estão sendo rejeitados em empregos em fábricas e organizações de defesa, e sendo obrigados a trabalhar como motoristas de táxi ou entregadores, informou o Beast.

Muitos soldados do grupo mercenário, notoriamente violento, ficaram sem rumo após a suposta morte de seu líder, Yevgeny Prigozhin, segundo o veículo russo independente Important Stories.

Tanto Prigozhin quanto o suposto co-fundador do Grupo Wagner, Dmitry Utkin, estavam na lista de passageiros do voo que caiu catastroficamente em 23 de agosto de 2023.

De acordo com o Important Stories, no final de agosto, representantes restantes não identificados do grupo disseram aos combatentes para encontrarem novas carreiras, pois o exército russo não os aceitaria de volta para lutar na Ucrânia.

Eles não estavam sendo permitidos a lutar na guerra contra a Ucrânia devido a “circunstâncias conhecidas”, disse o representante, de acordo com a tradução do Daily Beast.

Em junho, Prigozhin liderou uma rebelião fracassada contra o presidente Vladimir Putin, indo para o exílio logo depois.

O representante disse aos combatentes para esperar “ou procurar outras maneiras de ganhar dinheiro”, de acordo com o relatório.

O representante também disse que o grupo foi forçado a buscar mais oportunidades na África e no Oriente Médio, relatou o Important Stories.

Na República Centro-Africana — visitada por Prigozhin poucos dias antes da queda de seu avião —, as tropas do Wagner continuam lutando, mas estão sendo gradualmente substituídas por soldados locais, relatou o Middle East Eye, citando fontes anônimas contrárias ao governo do país.

A viagem de Prigozhin ao país o levou a se encontrar com o presidente Faustin-Archange Touadera, com Prigozhin tentando persuadir Touadera, diante de novas movimentações do Kremlin, de que seus soldados ainda poderiam lutar em nome de Touadera, informou o veículo.