Antigo CEO da Abercrombie & Fitch é acusado de comandar uma organização de tráfico de pessoas durante seus 22 anos no cargo

Roupa suja Ex-CEO da Abercrombie & Fitch é acusado de comandar uma gangue de tráfico humano em seu reinado de 22 anos

Jeffries, que deixou Abercrombie em 2014, transformou a cadeia de varejo de roupas para caça em uma vendedora de roupas de adolescentes indispensáveis. Mas ele enfrentou críticas pela publicidade sexualizada da empresa, incluindo outdoors e modelos musculosos que alienaram potenciais clientes que não se encaixavam em sua imagem.

A ação judicial vem após um relatório da BBC neste mês levantar alegações semelhantes contra Jeffries e seu parceiro Matthew Smith.

A ação judicial, movida por David Bradberry no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, alega que Jeffries tinha olheiros de modelos vasculhando a internet e outros lugares para identificar jovens bonitos em busca de se tornarem o próximo rosto da Abercrombie. Muitas vezes, esses modelos prospectivos se tornavam vítimas de tráfico sexual, sendo enviados para Nova York e para o exterior e abusados ​​por Jeffries e outros homens, tudo sob o pretexto de estarem sendo recrutados para se tornarem o próximo modelo da Abercrombie, a ação judicial argumenta.

“Jeffries era tão importante para a lucratividade da marca que ele tinha total autonomia para exercer seu cargo como CEO do jeito que achasse melhor, inclusive por meio do uso flagrante de tráfico internacional de pessoas e abuso de modelos prospectivos da Abercrombie”, alega a ação.

A ação judicial nomeia Jeffries, Smith e a empresa Jeffries Family Office LLC. Ela busca o status de ação coletiva e estima que mais de cem jovens modelos, além de Bradberry, foram vítimas.

A A&F, com sede em New Albany, Ohio, se recusou a comentar na sexta-feira. Neste mês, a varejista informou que contratou um escritório de advocacia externo para conduzir uma investigação independente sobre as questões levantadas pela BBC. Ela afirmou que os atuais líderes e conselho de administração da empresa não tinham conhecimento das alegações de má conduta sexual de Jeffries.

“Por quase uma década, uma nova equipe de liderança executiva e um conselho de administração reformulado transformaram com sucesso nossas marcas e cultura na organização baseada em valores que somos hoje”, disse a empresa. “Temos tolerância zero com relação a abuso, assédio ou discriminação de qualquer tipo”.

O advogado de Jeffries, Brian Bieber, disse em comunicado que Jeffries “não irá comentar na imprensa sobre esta nova ação judicial, como também decidiu não fazer em relação a litígios passados.”

“O tribunal é o local onde lidaremos com esse assunto”, acrescentou Bieber.

O Jeffries Family Office não respondeu imediatamente a pedidos de comentário.