A França pode vender imóveis para reduzir o déficit, revisar os benefícios de desemprego para idosos.

A França pode botar pra vender seus imóveis para dar um jeito no déficit e repensar os benefícios de desemprego para a terceira idade.

PARIS, 19 de novembro (ANBLE) – A França deseja reduzir os gastos do governo com espaços de escritório e pode considerar a venda de imóveis para reduzir o déficit estatal, afirmaram os ministros de orçamento e finanças em uma entrevista para a mídia no domingo.

O governo também planeja revisar os benefícios de desemprego para idosos, disseram eles.

O Ministro do Orçamento, Thomas Cazenave, disse ao La Tribune que o governo deseja reduzir o espaço ocupado pela administração em 25%.

“Há uma alavancagem real para economias lá, principalmente em vista das novas formas de trabalho”, disse ele, referindo-se ao aumento do trabalho em casa após a pandemia de COVID-19.

Ele disse que a proporção de área de espaço de escritório por funcionário público é de 24 metros quadrados, muito acima dos padrões da indústria privada, e o governo deseja reduzir para 16 metros quadrados.

“Também podemos considerar a venda de imóveis”, acrescentou.

Questionado sobre se o governo poderia alcançar sua meta de reduzir a taxa de desemprego de 7% para 5% até 2027, o Ministro das Finanças, Bruno Le Maire, disse que isso exigiria revisar as políticas sociais, especialmente os benefícios de desemprego.

“Trabalhamos arduamente para passar de 9% para 7%, mas para chegar a 5%, escolhas corajosas precisam ser feitas… Todos os regimes que alimentam o desemprego dos idosos precisam ser revisados”, disse Le Maire.

Cazenave também confirmou que o governo buscará um corte adicional de 12 bilhões de euros nos gastos para o orçamento de 2025, como discutido com a Primeira Ministra Elisabeth Borne na quinta-feira.

“Confirmamos as metas de corte de gastos de 16 bilhões de euros (17,5 bilhões de dólares) para o orçamento de 2024, e já estamos preparando 12 bilhões de euros de economias para o orçamento de 2025”, disse ele, acrescentando que o governo ainda pretende reduzir seus déficits para 4,4% do PIB em 2024 e 3,7% em 2025.

($1 = 0,9168 euros)

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