O Google e o Meta se juntam à crescente lista de empresas que estão abandonando a maior conferência de tecnologia da Europa, após o líder do evento ter desabafado sobre Israel.

O Google e o Meta deixam a maior conferência de tecnologia da Europa em 'modo off', seguindo a tendência de outras empresas que decidiram 'furar o evento' após o desabafo do organizador sobre Israel.

Os porta-vozes do Google e da Meta confirmaram na sexta-feira que as empresas não participariam da conferência, programada para novembro em Lisboa. O Google já havia sido listado como parceiro do evento. A Intel Corp. e a Siemens AG também anunciaram uma decisão semelhante na quinta-feira, após uma série de capitalistas de risco em Israel, EUA e Europa desistirem do evento.

Um porta-voz da Stripe Inc., patrocinadora de longa data do Web Summit, também confirmou na sexta-feira que não estaria mais presente na conferência. O Chief Product Officer Will Gaybrick e o Chief Marketing Officer Jeff Titterton estavam previamente agendados para o evento.

As cancelamentos vieram depois de Paddy Cosgrave, o chefe do Web Summit, sem criticar o apoio ocidental a Israel nas redes sociais após os ataques do Hamas. “Crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados”, ele disse sobre a resposta de Israel aos ataques.

Posteriormente, Cosgrave emitiu um pedido de desculpas, escrevendo no site do Web Summit: “Eu entendo que o que eu disse, o momento em que eu disse e a forma como foi apresentado causaram um profundo sofrimento a muitos.”

Um grupo de investidores israelenses emitiu uma declaração conjunta pedindo um boicote ao evento.

O Web Summit não forneceu comentários imediatamente.

Além de atrair empresas de tecnologia e investidores, o Web Summit já recebeu vários palestrantes políticos de destaque no passado. A presença do Ministro da Economia Portuguesa, Antonio Costa Silva, este ano está confirmada, disse o ministério por e-mail na sexta-feira. Robert Habeck, vice-chanceler da Alemanha, está listado como palestrante principal para novembro. Um representante do governo alemão disse que o país ainda está considerando sua participação.

Representantes da Amazon.com Inc., que também tem previsto enviar executivos para o Web Summit, não responderam aos pedidos de comentários.