A chefe do FMI insta a um impulso mais proativo para as moedas digitais dos bancos centrais

A líder do FMI exorta a uma abordagem mais dinâmica em relação às moedas digitais dos bancos centrais

LONDRES, 15 de novembro (ANBLE) – A diretora do Fundo Monetário Internacional instou os países a fazerem um esforço mais proativo para desenvolver moedas digitais de bancos centrais (CBDC, na sigla em inglês).

Onze países, incluindo alguns no Caribe e a Nigéria, já lançaram CBDCs. Outros 120 estão explorando essa possibilidade, embora o progresso e as abordagens sejam diferentes, e alguns até abandonaram a ideia completamente.

“Podemos estar em um ponto em que o setor público precisa oferecer um pouco mais de orientação”, disse a Diretora Administrativa do FMI, Kristalina Georgieva, em um discurso em Singapura.

“Não para excluir, não para perturbar”, acrescentou. “Mas para agir como um catalisador, para garantir segurança e eficiência – e para combater a fragmentação”.

Ela fez essas observações à medida que o FMI publicou a primeira parte de um “manual virtual” sobre CBDCs, projetado para ajudar os países com o processo de design e implementação e garantir que as novas tecnologias sejam globalmente interoperáveis.

Os defensores dizem que as CBDCs vão modernizar os sistemas de pagamento com novas funcionalidades e oferecer uma alternativa ao dinheiro físico, que parece estar em declínio terminal.

Mas permanecem perguntas sobre por que elas representam um avanço quando os sistemas atuais já são capazes de muitos dos benefícios propostos, e países como a Nigéria, que já lançaram CBDCs, estão vendo uma adesão muito baixa por parte do público.

Georgieva afirmou que, com a rápida evolução da tecnologia, os países precisavam avançar com o desenvolvimento agora para não serem pegos desprevenidos no futuro.

“Se algo, precisamos erguer outra vela para ganhar velocidade”, disse ela, comparando os esforços a uma jornada náutica. “O mundo está mudando mais rápido do que a maioria imaginava”.

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