Conselho do FMI aprova plano para ampliar recursos de empréstimo sem alterações na participação acionária

Conselho do FMI dá OK para plano de expansão de empréstimos sem bagunçar as ações

WASHINGTON, 7 de novembro (ANBLE) – O Fundo Monetário Internacional informou, na terça-feira, que seu conselho executivo aprovou uma proposta de aumento de 50% nos recursos das cotas a serem contribuídos pelos países membros proporcionalmente às suas participações atuais no FMI.

A proposta seguiria em grande parte um plano apoiado pelos Estados Unidos que aumentaria os recursos de empréstimos do FMI, mas adiaria quaisquer aumentos na participação de China, Índia, Brasil e outras economias emergentes de rápido crescimento. No entanto, o FMI disse que o conselho solicitou um cronograma acelerado para desenvolver opções para orientar o realinhamento da fórmula das cotas do Fundo até junho de 2025.

O FMI disse que o aumento de 50% no financiamento das cotas – equivalente a cerca de US$ 314 bilhões nas taxas de câmbio atuais – não aumentaria seu poder geral de empréstimo de aproximadamente US$ 1 trilhão, mas mudaria a composição para recursos mais permanentes.

Atualmente, o Fundo depende de acordos de empréstimo bilateral e promessas a um fundo de empréstimo de crise denominado Novos Acordos de Empréstimo para quase 60% de seus recursos de empréstimo. Ele disse que eles seriam reduzidos para manter a capacidade global de empréstimos do Fundo inalterada.

O aumento das cotas “ajudará a preservar um FMI forte, baseado em cotas e adequadamente financiado no centro da Rede de Segurança Financeira Global”, afirmou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em comunicado.

“Um FMI adequadamente financiado é essencial para salvaguardar a estabilidade financeira global e responder às necessidades potenciais dos membros em um mundo incerto e propenso a choques”, acrescentou.

O plano ainda precisa ser aprovado pelo Conselho de Governadores do FMI, que inclui representantes de todos os 190 países membros, com uma votação solicitada até 15 de dezembro. A proposta, que recebeu um amplo apoio durante as reuniões anuais do FMI-Banco Mundial no mês passado em Marrocos, precisa de uma maioria de 85% do poder de voto do fundo para ser implementada.

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