Israel levou malas cheias de dinheiro para Gaza para manter o Hamas no poder NYT

Israel envia malas cheias de dinheiro para Gaza para manter o Hamas no poder, NYT reporta

  • Israel tacitamente encorajou o Hamas a permanecer no poder, de acordo com o New York Times.
  • Em alguns casos, o apoio israelense era mais óbvio.
  • As forças de segurança de Israel ajudariam a escoltar milhões em fundos para Gaza, beneficiando o Hamas, segundo o NYT.

As autoridades israelenses enfrentam críticas depois de anos em que o primeiro-ministro Benjamin “Bibi” Netanyahu permitiu silenciosamente que o Hamas permanecesse no poder.

Mas reportagens do New York Times revelaram que o governo de Netanyahu estava mais envolvido em ajudar o Hamas: eles ajudaram um diplomata do Catar a trazer malas de dinheiro para Gaza, indiretamente fortalecendo a organização militante, de acordo com o relatório.

O cálculo – segundo o Times relatou no domingo, citando autoridades israelenses, críticos de Netanyahu e supostas declarações do próprio homem – era manter o Hamas forte o suficiente para contrabalançar a Autoridade Palestina na Cisjordânia, permitindo a Netanyahu evitar uma solução de paz de dois estados e manter ambos os lados enfraquecidos.

As autoridades de segurança israelenses erraram; eles não achavam que o Hamas fosse capaz, ou mesmo interessado, em lançar um grande ataque contra o Estado judeu.

Para manter o Hamas sustentado, o governo de Netanyahu trabalhou com o Catar para manter o fluxo de dinheiro, segundo o New York Times. Israel sabia que o Catar estava apoiando o Hamas, mas não se opôs aos pagamentos e até fez lobby junto a legisladores americanos para não sancionar o Catar.

Em 2018, o governo de Netanyahu elaborou um plano, segundo o New York Times. Como parte de um acordo de paz com o Hamas, o Catar traria milhões de dólares para Gaza e distribuiria para famílias gazenses, relatou o veículo de imprensa.

As autoridades de segurança israelenses se encontrariam com um diplomata do Catar na fronteira entre Israel e Jordânia, de acordo com o relatório do New York Times.

Depois, o escoltariam além do posto de controle da fronteira e até Gaza, de acordo com o veículo de imprensa.

Embora o dinheiro fosse destinado aos civis gazenses, informações de inteligência ocidental determinaram que o Hamas estava pegando dinheiro dos fundos para uso próprio, relatou o veículo de imprensa.

A paz sustentada durou até 7 de outubro, quando combatentes do Hamas lançaram um ataque terrorista na fronteira israelense. Os militantes mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram dezenas de reféns, segundo autoridades israelenses.

Israel, desde então, respondeu com uma campanha massiva de bombardeio e terrestre em Gaza. Cerca de 17.000 pessoas em Gaza foram mortas, segundo autoridades de saúde gazenses lideradas pelo Hamas.

Embora um breve cessar-fogo tenha permitido uma troca de reféns entre o Hamas e Israel, os combates continuaram desde então.