Os EUA podem se dar ao luxo de dar dinheiro tanto para Israel quanto para a Ucrânia, uma vez que sua economia está indo ‘extremamente bem’, diz Janet Yellen.

Os EUA nadam em dinheiro Israel e Ucrânia têm a sorte de receber uma graninha, afirma Janet Yellen.

  • A secretária do Tesouro, Janet Yellen, afirmou que os Estados Unidos têm condições de apoiar tanto Israel quanto a Ucrânia.
  • No mês passado, o Congresso permitiu que a ajuda à Ucrânia expirasse devido à oposição de alguns representantes do Partido Republicano.
  • Biden está pressionando o Congresso para aprovar legislação que forneça ajuda a ambos os países em um pacote de emergência.

O principal funcionário do tesouro nacional afirmou que os Estados Unidos não precisam escolher entre ajudar Israel e a Ucrânia em seus conflitos militares em curso.

Já se passou pouco mais de uma semana desde que Israel declarou oficialmente guerra ao grupo militante palestino Hamas, depois que o grupo atacou várias cidades do sul de Israel. Desde o início da guerra, o presidente Joe Biden e os legisladores americanos de ambos os lados manifestaram apoio a Israel, ao mesmo tempo em que pressionavam o país para preservar a vida dos palestinos inocentes em Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas começou ao mesmo tempo que a invasão russa na Ucrânia, que já dura mais de um ano, e a secretária do Tesouro, Janet Yellen, não tem dúvidas de que os Estados Unidos têm condições de auxiliar tanto Israel quanto a Ucrânia.

“Os Estados Unidos certamente têm condições de estar ao lado de Israel e apoiar as necessidades militares de Israel, e também podemos e devemos apoiar a Ucrânia em sua luta contra a Rússia”, disse Yellen em entrevista à Sky News na segunda-feira.

“E vejam só, a economia americana está indo extremamente bem”, continuou ela. “A inflação estava alta e isso preocupava as famílias, mas diminuiu consideravelmente. Ao mesmo tempo, temos o mercado de trabalho mais forte dos últimos 50 anos, com um desemprego de 3,8%”.

Importante ressaltar, no entanto, que fornecer dinheiro para Israel e a Ucrânia requer legislação do Congresso. A Câmara continua paralisada enquanto os legisladores republicanos lutam para eleger um novo presidente, após a destituição do representante Kevin McCarthy após a mais recente disputa orçamentária.

Yellen reconheceu que “cabe à Câmara eleger um presidente e nos colocar em uma posição onde a legislação possa ser aprovada”, acrescentando que “isso mostra que o Partido Republicano tem problemas em governar efetivamente o país. E é importante que possamos aprovar legislação”.

Biden também expressou seu compromisso em apoiar tanto Israel quanto a Ucrânia durante uma entrevista ao programa 60 Minutes da CBS no domingo.

“Somos os Estados Unidos da América, pelo amor de Deus, a nação mais poderosa da história – não no mundo, mas da história do mundo”, disse ele. “Podemos cuidar de ambos e ainda manter nossa defesa internacional geral”.

No mês passado, o Congresso permitiu que o auxílio de emergência à Ucrânia expirasse devido à oposição do Partido Republicano a essa ajuda. O New York Times informou no domingo que Biden está planejando pressionar o Congresso a aprovar um pacote de emergência que forneceria ajuda tanto a Israel quanto à Ucrânia, e o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, disse a repórteres em Israel que não esperaria que a Câmara selecionasse um presidente para agir, uma vez que os conflitos em Isreal e na Ucrânia continuam.

“Nós acreditamos que, se montarmos um pacote forte e o aprovarmos com uma maioria esmagadora e bipartidária, isso colocará pressão na Câmara, de alguma forma, para agir”, disse Schumer.