Quênia vai vender 35 empresas públicas enquanto a África busca impulsionar as IPOs

Quênia à venda! 35 empresas públicas serão vendidas enquanto a África faz suas IPOs decolarem

NAIROBI, 23 de novembro (ANBLE) – O presidente do Quênia, William Ruto, disse na quinta-feira que o governo está pronto para privatizar 35 empresas estatais após promulgar uma lei no mês passado para orientar o processo.

O Quênia privatizou pela última vez uma empresa estatal em 2008 com uma oferta pública inicial (IPO) de 25% das ações da empresa de telecomunicações Safaricom (SCOM.NR).

“Identificamos as primeiras 35 empresas que vamos oferecer ao setor privado. Temos mais cerca de 100 com as quais estamos trabalhando com consultores financeiros sobre o que fazer”, disse Ruto em seu discurso na cerimônia de abertura da reunião anual da Associação das Bolsas de Valores da África em Nairóbi.

O ministro das Finanças, Njuguna Ndungu, disse à ANBLE que os nomes das empresas a serem vendidas serão anunciados em uma data posterior.

As finanças públicas do país do leste africano têm sido pressionadas pelo legado da pandemia de COVID-19 e por frequentes secas causadas pelas mudanças climáticas, havendo incerteza sobre sua capacidade de acessar financiamento nos mercados financeiros antes do vencimento de um Eurobond de $2 bilhões em junho

Embora Ruto tenha dito que o Quênia agora poderá se desfazer de empresas potencialmente “lucrativas” onde o crescimento tem sido limitado pela burocracia, Ndungu negou que o impulso para listagem tinha a intenção de fortalecer as finanças do governo.

Cúpula dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) na sede das Nações Unidas em Nova York

“Um dos objetivos é inspirar a atividade de mercado. O dinheiro é uma questão secundária”, disse ele.

Ruto disse que o Quênia revisou sua lei de privatização no mês passado para eliminar “burocracias desnecessárias” e que o novo impulso do governo impulsionaria o pipeline de empresas africanas em flotação.

As bolsas de valores no continente tiveram um desempenho abaixo do esperado neste ano, pois os investidores globais evitaram ativos considerados arriscados, com uma escassez de listagens, aumento das taxas de juros globais e dificuldades econômicas da China.

Com 40 bolsas de valores em todo o continente, a África poderia ter até cinco listagens de empresas por dia, afirmou Ruto, mas mal há alguma, em parte devido à burocracia regulatória.

“Se bem aproveitadas, as bolsas de valores podem ser o motor que transforma a África em uma potência econômica global e centro financeiro do mundo”, disse o presidente.

Thapelo Thseole, presidente da ASEA, que também é CEO da Bolsa de Valores do Botswana, afirmou que mudanças regulatórias em alguns países resultaram em IPOs recentes, citando uma listagem em Uganda pela empresa de telecomunicações Bharti Airtel (BRTI.NS).

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