Super ação contra a Apple por baterias de iPhone pode seguir adiante, determina tribunal de Londres

Processo épico contra a Apple por baterias de iPhone avança, decide tribunal de Londres

LONDRES, 1º de novembro (ANBLE) – A Apple Inc. (AAPL.O) perdeu na quarta-feira uma tentativa de impedir um processo coletivo em Londres no valor de até US$ 2 bilhões, que acusa a gigante tecnológica de ocultar baterias defeituosas em milhões de iPhones.

O processo foi movido pela defensora dos direitos dos consumidores britânica, Justin Gutmann, em nome de cerca de 24 milhões de usuários do iPhone no Reino Unido.

Gutmann está buscando indenização da Apple em nome deles, no valor de até 1,6 bilhão de libras (US$ 1,9 bilhão), além de juros, sendo que a faixa intermediária da reivindicação é de 853 milhões de libras.

Seus advogados argumentaram que a Apple ocultou problemas com as baterias de certos modelos de telefone, “desacelerando” seu desempenho com atualizações de software e instalando uma ferramenta de gerenciamento de energia que limitava o desempenho.

No entanto, a Apple afirmou que o processo era “infundado” e negou veementemente que as baterias dos iPhones fossem defeituosas, exceto em um pequeno número de modelos de iPhone 6s para os quais ofereceu substituições gratuitas das baterias.

A empresa tentou fazer com que o caso fosse rejeitado pela justiça, mas o Competition Appeal Tribunal (CAT) decidiu que o caso de Gutmann pode prosseguir em uma decisão por escrito na quarta-feira.

No entanto, o CAT disse que havia “falta de clareza e especificidade” no caso de Gutmann, que precisava ser resolvido antes de qualquer julgamento.

Também afirmou que as maneiras como Gutmann financiou o processo podem precisar ser alteradas, seguindo uma decisão histórica do Supremo Tribunal em julho, que afirmou que muitos desses acordos eram ilegais.

Gutmann afirmou em comunicado que a decisão era “um grande passo em direção à justiça do consumidor”.

Um porta-voz da Apple se referiu a um comunicado anterior, que dizia: “Nunca fizemos e nunca faríamos nada para encurtar intencionalmente a vida de qualquer produto da Apple, ou para degradar a experiência do usuário para estimular as atualizações dos clientes.”

A certificação do caso de Gutmann se soma ao número de processos coletivos de alto valor atualmente sendo movidos em Londres, seguindo uma decisão em julho de permitir a continuidade das alegações de manipulação de câmbio contra grandes bancos.

($1 = 0,8229 libras)

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