Nenhum novo membro do banco BRICS será anunciado na cúpula CFO

No new BRICS bank member will be announced at CFO summit.

JOHANNESBURG, 23 de agosto (ANBLE) – O Novo Banco de Desenvolvimento do grupo BRICS não irá anunciar novos membros na Cúpula do BRICS na África do Sul esta semana, segundo o Chefe Financeiro Leslie Maasdorp disse à ANBLE na quarta-feira.

O banco, que foi criado em 2015 para dar aos membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – uma maior voz no financiamento de infraestrutura do que nas instituições lideradas pelo Ocidente, como o Banco Mundial, está interessado em atrair novos membros para impulsionar sua base de capital após as sanções dos EUA à Rússia terem prejudicado seus empréstimos.

O NDB, que agora também tem Egito, Bangladesh e Emirados Árabes Unidos como acionistas, está sob pressão para aumentar a captação e empréstimos em moeda local, à medida que as nações do BRICS buscam reduzir a dependência do dólar americano e desenvolver o bloco BRICS como uma contraparte ao Ocidente.

“O processo de ratificação de novos países está ocorrendo nas discussões dos líderes (do BRICS), que estão acontecendo sem nossa presença como banco”, disse Maasdorp à ANBLE em uma entrevista à margem da cúpula.

“Não haverá anúncios esta semana”, acrescentou, dizendo que era “provável” que houvesse mais novos membros solicitando adesão este ano, mas que o momento dependia dos processos políticos nos países que desejam ingressar.

Pelo menos 15 potenciais novos países membros – incluindo Arábia Saudita, Argélia e Argentina – estão sendo considerados pelos governos que são acionistas do banco, disse Maasdorp.

O NDB está registrando um programa de bônus em rúpias indianas no valor de US$ 2,5 bilhões ao longo de 5 anos, após emitir seu primeiro bônus em rand sul-africano na semana passada, disse Maasdorp também na quarta-feira durante um painel de discussão.

O tamanho da primeira emissão, esperada para o final deste ano, ainda está sendo discutido, ele disse à ANBLE posteriormente.

O banco irá registrar um programa de bônus em reais brasileiros “quando apropriado” e espera emitir em rublos russos no “médio prazo” sob um programa de 100 bilhões de rublos (US$ 1,06 bilhão) estabelecido em 2019, disse Maasdorp ao painel. Ele acrescentou que atualmente não pode emitir dívida em rublos devido a sanções.

O NDB já levantou US$ 4,5 bilhões este ano e levantará pelo menos US$ 8 bilhões até o final do ano, disse Maasdorp à ANBLE, acrescentando que está trabalhando na emissão de um segundo “benchmark” em dólar americano e uma ou duas emissões adicionais em yuan chinês, com os tamanhos e vencimentos a serem decididos.

($1 = 94,4650 rublos)