Generais russos podem simplesmente ‘retirar seus tanques’ se estiverem preocupados com a nova munição de urânio empobrecido da Ucrânia, diz oficial dos EUA.

Oficial dos EUA diz que generais russos podem retirar seus tanques se preocuparem com munição de urânio empobrecido da Ucrânia.

  • Os Estados Unidos anunciaram na quarta-feira que estão enviando munições de urânio empobrecido anti-tanque para a Ucrânia.
  • A Rússia respondeu com raiva, dizendo que a ação é um “indicador de falta de humanidade”.
  • Um oficial dos EUA disse: “Se a Rússia tem um problema com isso, eles podem retirar seus tanques da Ucrânia”.

A Rússia pode retirar seus tanques da Ucrânia se não estiver satisfeita com o envio de munições de urânio empobrecido pelos EUA, disse um oficial dos EUA ao Politico.

O oficial estava respondendo às reclamações da Rússia sobre o anúncio dos EUA de que enviaria munições de tanque com urânio empobrecido para a Ucrânia.

“O que realmente está acontecendo é que a Rússia simplesmente não quer ver a Ucrânia com tanques e munições de tanque mais eficazes que podem ser letais contra os tanques russos”, disse o oficial, que pediu anonimato porque o assunto é sensível.

“Se a Rússia tem um problema com isso, eles podem retirar seus tanques da Ucrânia”, acrescentou.

O oficial também disse que a Rússia está se preparando para espalhar propaganda de que as munições não são seguras, apesar de a Rússia também tê-las em seu estoque.

A administração Biden anunciou planos na quarta-feira de fornecer à Ucrânia munições de 120 mm feitas de urânio empobrecido, juntamente com outras armas.

As munições, para tanques M1 Abrams fabricados nos Estados Unidos, que ainda não chegaram à Ucrânia, podem penetrar armaduras e também incendiar o interior dos veículos, conforme relatado por Jake Epstein, da Insider.

A Rússia reagiu com raiva à notícia, com a embaixada russa em Washington postando no Telegram que “a decisão da administração de fornecer armas com urânio empobrecido é um indicador de falta de humanidade”, de acordo com a tradução da Al Jazeera.

Eles afirmaram que o uso das armas resulta na “formação de uma nuvem radioativa em movimento” que pode causar câncer.

Mas autoridades dos EUA afirmam que não há ameaça radioativa, citando a agência nuclear da ONU, que afirma que os resíduos de urânio empobrecido dispersos no ambiente “não representam um perigo radiológico para a população das regiões afetadas”, conforme relatado pelo Politico.

O exército dos EUA tem fabricado armas com urânio empobrecido há décadas, mas os EUA debateram por meses sobre o envio das munições para a Ucrânia, preocupados com alguns impactos ambientais e de saúde, informou o Wall Street Journal.

O Reino Unido já enviou para a Ucrânia algumas das munições para uso em tanques Challenger fornecidos pelo Reino Unido, irritando a Rússia.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, rebateu a raiva da Rússia na época, dizendo aos repórteres em março que “esse tipo de munição é bastante comum”.

“Acho que o que está realmente acontecendo aqui é que a Rússia simplesmente não quer que a Ucrânia continue a destruir seus tanques e torná-los inoperantes”, disse ele.