Os preços do petróleo caem preocupados com a queda na demanda nos EUA e China.

Desconto no barril petróleo fica apreensivo com baixa procura nos EUA e China.

PEQUIM, 13 de novembro – Os preços do petróleo recuaram na segunda-feira, revertendo sua alta na sexta-feira, pois preocupações renovadas com a demanda em declínio nos Estados Unidos e na China afetaram o sentimento do mercado.

Os contratos futuros de petróleo Brent para janeiro caíram 71 centavos, ou 0,87%, para US$80,72 por barril às 04:00 GMT, enquanto os contratos futuros de petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI) para dezembro estavam a US$76,49, queda de 68 centavos, ou 0,88%.

Ambos os benchmarks estavam bem abaixo da média móvel de 100 dias de US$86,61 por barril para WTI e US$82,31 por barril para Brent.

Os preços subiram quase 2% na última sexta-feira, quando o Iraque manifestou apoio aos cortes de produção de petróleo da OPEP +, mas perderam cerca de 4% na semana, registrando suas terceiras perdas semanais pela primeira vez desde maio.

“Os investidores estão mais focados na demanda lenta nos Estados Unidos e na China, enquanto as preocupações com as possíveis interrupções no abastecimento devido ao conflito entre Israel e Hamas têm diminuído um pouco”, disse Hiroyuki Kikukawa, presidente da NS Trading, uma unidade da Nissan Securities.

A Administração de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA) disse na semana passada que a produção de petróleo bruto nos Estados Unidos este ano aumentará um pouco menos do que o esperado anteriormente, enquanto a demanda diminuirá.

No próximo ano, o consumo per capita de gasolina nos Estados Unidos poderá cair para o nível mais baixo em duas décadas, segundo o relatório.

Dados econômicos fracos na semana passada da China, o maior importador de petróleo bruto do mundo, também aumentaram os temores de uma demanda enfraquecida.

Os preços do petróleo na China caíram para mínimas da era da pandemia em outubro, levantando dúvidas sobre a força da recuperação econômica do país.

Além disso, as refinarias na China solicitaram menos suprimentos da Arábia Saudita, o maior exportador mundial, para dezembro.

Ainda assim, Kikukawa disse que os preços do petróleo seriam sustentados se o WTI se aproximar de US$75 por barril.

“Se o mercado cair ainda mais, provavelmente veremos compras de suporte com a expectativa de que a Arábia Saudita e a Rússia decidam continuar com os cortes voluntários na oferta após dezembro”, disse Kikukawa.

Os principais exportadores de petróleo, Arábia Saudita e Rússia, confirmaram na semana passada que continuarão com seus cortes adicionais voluntários na produção de petróleo até o final do ano, à medida que preocupações com a demanda e o crescimento econômico continuam a afetar os mercados de petróleo.

A OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia) se reunirá em 26 de novembro.

Do lado do fornecimento, as empresas de energia dos EUA reduziram o número de plataformas de petróleo em operação por duas semanas consecutivas para o menor desde janeiro de 2022, informou a empresa de serviços de energia Baker Hughes (BKR.O). A contagem de plataformas indica a produção futura.

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