As ações da Pioneer sobem com as negociações de fusão com a Exxon

Pioneer's stock rises with Exxon merger talks

6 de outubro (ANBLE) – As ações da Pioneer Natural Resources (PXD.N) subiram 10% nas negociações pré-mercado na sexta-feira, seguindo relatos de que a principal produtora de petróleo e gás dos Estados Unidos, Exxon Mobil (XOM.N), estava em negociações avançadas para comprar a produtora de xisto em um acordo avaliado em cerca de US$ 60 bilhões.

Um acordo seria a maior aquisição da Exxon desde o acordo de US$ 81 bilhões pela Mobil em 1998 e poderia solidificar a posição da gigante do petróleo na lucrativa bacia do Permiano.

As ações da Exxon estavam em queda de 3%, a US$ 105,74.

Se as negociações concluírem com sucesso, um acordo entre a Exxon e a Pioneer poderá ser alcançado nos próximos dias, informou a ANBLE, citando três fontes.

A Pioneer tem um valor de mercado de US$ 50 bilhões e é uma das maiores produtoras na bacia do Permiano, que se estende por partes do Texas e do Novo México e é conhecida por seu custo relativamente baixo para extrair petróleo e gás.

“Qualquer acordo para a Pioneer será examinado de perto por investidores em busca de um prêmio substancial, uma realidade que não existiu mais recentemente em fusões e aquisições de exploradores e produtores”, disseram analistas da TD Cowen em uma nota.

No entanto, qualquer acordo pode atrair escrutínio político e regulatório.

“A Pioneer é a maior operadora do Permiano, com 9% da produção bruta, enquanto a Exxon é a 5ª colocada, com 6%. Juntas, representam 15% da produção operada do Permiano, mas apenas 6% da produção total dos EUA. Esses pontos de dados são relevantes dada a atenção da FTC em torno da consolidação”, disse o analista Scott Hanold, do RBC Capital Markets, em uma nota.

Os preços recordes do petróleo e do gás ajudaram os produtores a obter lucros recordes no ano passado.

A Exxon, que obteve um lucro recorde de US$ 55,7 bilhões em 2022, tinha quase US$ 30 bilhões em caixa até o final de 30 de junho.

“Suspeitamos que a Exxon financiará o acordo principalmente com patrimônio líquido, dada o custo elevado da dívida, que parece estar acima do rendimento de dividendos da Exxon”, disseram os analistas da TD Cowen.