A fabricante sueca de veículos elétricos Polestar reduz a previsão de entrega para 2023 e corta pela metade a meta de margem.

A fabricante sueca de veículos elétricos Polestar surpreende e diminui previsão de entrega para 2023, além de cortar pela metade a meta de margem.

8 de novembro (ANBLE) – O fabricante sueco de veículos elétricos (EV) Polestar reduziu sua previsão de entrega para 2023, nesta quarta-feira, para o extremo mais baixo de suas orientações anteriores e reduziu pela metade sua meta de margem bruta, devido ao receio de desaceleração na demanda por EVs e à incerteza econômica global.

As altas taxas de juros para conter a inflação persistente têm prejudicado o sentimento, uma vez que os consumidores que querem comprar EVs enfrentam custos mais altos de empréstimos, que em grande parte anulam os cortes de preços feitos pelas fabricantes de automóveis para estimular a demanda.

A Polestar, que opera em 27 mercados globalmente, informou que agora entregará cerca de 60.000 veículos este ano, abaixo da faixa de 60.000 a 70.000. A empresa havia reiterado essa previsão apenas no mês passado, depois de reduzir a meta em maio, de 80.000 unidades, que havia sido estimada anteriormente.

A empresa, que tem capital aberto nos Estados Unidos e foi fundada pela Geely, da China, e pela Volvo Cars (VOLCARb.ST), disse ainda que alcançará uma margem bruta de 2% em 2023, abaixo da previsão anterior de 4%.

A nova previsão revisada da Polestar vem após o CEO da líder de mercado Tesla, Elon Musk (TSLA.O), expressar recentemente suas preocupações com a expansão da capacidade fabril até que as taxas de juros caiam, assim como com a cautela semelhante da General Motors (GM.N) e da Ford (F.N).

A startup de EV Lucid (LCID.O) reduziu sua previsão de produção para o ano inteiro na terça-feira “para se alinhar de forma prudente com as entregas”.

Apesar da diminuição dos gargalos na cadeia de abastecimento impulsionada pela pandemia, a Polestar enfrentou um atraso no início da produção e uma crescente concorrência, especialmente dos players chineses, o que obrigou a empresa a reduzir postos de trabalho para controlar os custos.

A empresa informou nesta quarta-feira que pretende reduzir ainda mais os custos para impulsionar as margens e que obteve empréstimos a prazo adicional da Volvo e da Geely, totalizando US$ 450 milhões, com vencimento em junho de 2027.

A Polestar relatou um caixa e equivalentes de caixa de US$ 951,1 milhões até o fim de setembro, em comparação com US$ 1,06 bilhão três meses antes.

A receita do terceiro trimestre subiu 41%, para US$ 613,2 milhões, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços de seus veículos, mas despesas mais altas resultaram em um aumento de 33% nas perdas operacionais, para US$ 261,2 milhões.

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