Negociações da Reliance Retail da Índia com fundos do Golfo e Singapura no valor de $1,5 bilhão – fontes

Reliance Retail da Índia negocia com fundos do Golfo e Singapura no valor de $1,5 bilhão - fontes

MUMBAI/NOVA DELI/DUBAI, 13 de setembro (ANBLE) – A Reliance Retail da Índia está em negociações com investidores existentes, incluindo os fundos soberanos de Cingapura, Abu Dhabi e Arábia Saudita, para novos investimentos combinados de cerca de US$ 1,5 bilhão, três fontes com conhecimento direto do plano disseram.

A Reliance Retail é a maior varejista da Índia e é liderada pela pessoa mais rica da Ásia, Mukesh Ambani. As negociações com os investidores fazem parte de uma meta interna de levantar US$ 3,5 bilhões, que a empresa pretende concluir até o final de setembro, informou a ANBLE. Deste total, a QIA anunciou no mês passado um investimento de US$ 1 bilhão e a KKR & Co (KKR.N) nesta semana US$ 250 milhões.

O GIC de Cingapura, a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi (ADIA) e o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF) estão procurando investir pelo menos US$ 500 milhões cada na Reliance Retail, com uma avaliação de US$ 100 bilhões, disse uma das fontes para a ANBLE.

GIC e ADIA se recusaram a comentar, enquanto o PIF não respondeu aos pedidos de comentário da ANBLE. A Reliance (RELI.NS) disse: “não comentamos especulações e rumores da mídia”.

Uma segunda fonte disse que alguns dos três investidores podem acabar investindo menos de US$ 500 milhões, e também estão em negociações com pelo menos um ou dois outros investidores para a captação de recursos.

“Todos os três investidores avaliaram a empresa com bastante seriedade”, disse a primeira das três fontes, todas as quais se recusaram a serem identificadas, pois as discussões são privadas.

Os investimentos ou planos de financiamento finais ainda podem mudar.

GIC, PIF e ADIA estão entre os maiores fundos de investimento do mundo e juntos possuem uma participação de 4,4% na varejista indiana.

A Reliance Industries (RELI.NS), empresa-mãe da unidade de varejo, também tem planos de investir na rodada de captação de recursos em andamento de US$ 3,5 bilhões, disseram duas das fontes.

A Reliance vendeu uma participação de 10,09% em sua unidade de varejo em 2020, avaliando-a em 4,68 trilhões de rúpias (US$ 56,4 bilhões). Naquela época, o GIC e a ADIA investiram US$ 664 milhões cada, enquanto o PIF injetou US$ 1,15 bilhão, com base nas taxas de câmbio atuais.

Uma quarta fonte informada sobre a negociação disse que os acordos de captação de recursos de 2020 tinham uma cláusula que permitia aos investidores existentes aumentarem suas participações, e esses fundos de investimento estão mostrando grande interesse.

O império varejista indiano de Ambani possui mais de 18.000 lojas, com operações que vão desde mercearias até eletrônicos. Ele inclui parcerias estrangeiras com marcas como Marks and Spencer (MKS.L) e concorre com a Amazon (AMZN.O) e o Flipkart do Walmart (WMT.N) em um dos maiores mercados do mundo.

Quando a ADIA investiu na Reliance Retail em 2020, afirmou que fazia parte de sua estratégia de mirar em empresas líderes de mercado na Ásia, ligadas ao crescimento impulsionado pelo consumo da região.

No mês passado, Ambani disse em um discurso que “vários investidores financeiros e estratégicos de destaque mostraram forte interesse” em sua empresa, mas não mencionou nomes. Em 2019, o bilionário disse que seu grupo planejava listar o negócio de varejo em cinco anos.

A Reliance Retail registrou um lucro líquido consolidado de 91,81 bilhões de rúpias (US$ 1,11 bilhão) para o ano financeiro que terminou em março de 2023, com receita de 2,6 trilhões de rúpias. Ela também entrou no setor de bens de consumo, que competirá com marcas como Coca-Cola (KO.N) e Unilever (ULVR.L).