Tesla insta os EUA a adotar regras de eficiência de combustível muito mais rigorosas

Tesla implora aos EUA que adotem regras de eficiência de combustível mais duronas!

WASHINGTON, 17 de outubro (ANBLE) – A fabricante de veículos elétricos Tesla (TSLA.O) instou o governo Biden a finalizar padrões de economia de combustível muito mais rígidos até 2032 do que os propostos pelos reguladores dos EUA.

A Administração Nacional de Segurança no Trânsito Rodoviário (NHTSA) propôs em julho aumentar os requisitos de economia média de combustível corporativa (CAFE) em 2% para carros e 4% para caminhões e SUVs anualmente entre 2027 e 2032. A Tesla quer que a agência finalize regras aumentando a exigência para carros em 6% anualmente e 8% para caminhões e SUVs, alegando que isso seria o melhor para “conservar energia e lidar com as mudanças climáticas”.

A proposta da NHTSA resultaria em uma eficiência média de combustível de 58 milhas (93 km) por galão até 2032.

A posição da Tesla a coloca em franca oposição às principais montadoras.

Na segunda-feira, um grupo representando a General Motors (GM.N), a Toyota Motor (7203.T), a Volkswagen (VOWG_p.DE) e quase todas as outras grandes montadoras criticaram veemente a proposta da NHTSA, afirmando que ela é irracional e solicitaram revisões significativas.

O Conselho de Política Automotiva dos EUA, um grupo que representa as três grandes montadoras de Detroit, instou separadamente a NHTSA a reduzir à metade o aumento proposto na economia de combustível para caminhões, argumentando que a proposta “impactaria desproporcionalmente a frota de caminhões”.

O grupo destacou que 83% dos veículos produzidos por Ford (F.N), GM e Stellantis, controladora da Chrysler (STLAM.MI), são caminhões.

A NHTSA respondeu dizendo que sua regra “visa economizar dinheiro dos americanos no posto de gasolina e fortalecer a independência energética americana” e estimou que os benefícios combinados da proposta superariam os custos em mais de US$ 18 bilhões.

A Aliança para a Inovação Automotiva afirmou no mês passado que as montadoras enfrentariam mais de US$ 14 bilhões em multas por não cumprimento entre 2027 e 2032.

A Toyota disse na terça-feira que as multas são “prova de que não há tecnologia suficiente para atender aos padrões propostos e que tais padrões foram estabelecidos além do máximo viável”. As montadoras americanas também alertaram separadamente que as multas custariam à GM 6,5 bilhões de dólares, à Stellantis 3,1 bilhões de dólares e à Ford 1 bilhão de dólares, citando as projeções da NHTSA.

As montadoras também demonstraram preocupação com a proposta do Departamento de Energia de revisar significativamente como calcula a classificação de economia de combustível equivalente ao petróleo para veículos elétricos no programa CAFE da NHTSA, afirmando que tal medida “desvalorizaria a economia de combustível dos veículos elétricos em 72%”.