A União Europeia enviou menos de um terço dos 1 milhão de cartuchos de munição que prometeu para a Ucrânia, segundo relatório.

A promessa da União Europeia de enviar 1 milhão de cartuchos de munição para a Ucrânia disparou longe do alvo, chegando apenas a um terço dessa quantidade, revela relatório.

  • A União Europeia prometeu enviar um milhão de munições para a Ucrânia até março de 2024.
  • No entanto, até agora, apenas 300.000 foram enviadas, segundo um oficial da UE informou ao Politico Europe.
  • Alcançar essa meta é quase impossível devido à taxa de produção da UE, disseram autoridades.

A União Europeia provavelmente não cumprirá o envio de um milhão de munições que prometeu à Ucrânia, afirmou um alto funcionário da UE não identificado ao Politico Europe.

“Será muito difícil alcançar” a cifra até a data-alvo de março de 2024, disse a fonte ao veículo de imprensa.

O relatório do Politico afirmava que os países da UE enviaram 300.000, menos de um terço do prometido.

Outros altos funcionários europeus e ucranianos chegaram à mesma conclusão nesta semana, depois que o Bloomberg noticiou que a UE tinha “muito pouca probabilidade” de atingir a meta de 1 milhão de munições até março.

O ministro da Defesa da Alemanha, Boris Pistorius, disse aos repórteres que agora parece impossível atingir a meta de um milhão de munições, segundo o The Guardian.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, fez a mesma avaliação na segunda-feira, de acordo com o European Pravda.

O veículo de imprensa disse que Kuleba atribuiu isso às limitações dos fabricantes de defesa da Europa, e não à falta de entusiasmo.

A fonte não identificada da UE ecoou a declaração de Kuleba, afirmando que o principal problema da UE era sua capacidade de produção, segundo o Politico Europe.

Os principais fabricantes europeus têm enfrentado dificuldades para acompanhar o consumo diário de munições da Ucrânia, estimado entre 6.000 e 7.000 pelo ministério da Defesa da Estônia.

Isso, por sua vez, significa que a Ucrânia tem tido dificuldades em acompanhar a taxa de disparos da Rússia, que chegou a 20.000 a 60.000 por dia durante o auge dos ataques neste ano, conforme relatado pelo veículo de imprensa.

O almirante Rob Bauer, da Holanda, que preside o Comitê Militar da OTAN, alertou no mês passado que os suprimentos ocidentais estavam “no fundo do barril”.

“Damos sistemas de armas para a Ucrânia, o que é ótimo, e munições, mas não de depósitos completos”, disse Bauer, segundo a CNN.