Como ser agradável durante a festa de fim de ano da sua empresa ou jantar de família, de acordo com um palestrante de Stanford.

Como ser agradável durante a festa de fim de ano da sua empresa ou jantar de família, segundo um palestrante de Stanford (e ainda garantir que todos se lembrem do seu bom humor até a próxima comemoração)

  • Matt Abrahams é um palestrante na Stanford Graduate School of Business e autor.
  • Ele diz que seu objetivo em festas ou jantares é ser interessado, não interessante.
  • Abrahams recomenda pensar em quem você está falando e em que contexto antes de compartilhar.

Este ensaio, baseado em uma conversa com Matt Abrahams, palestrante de Stanford, consultor de comunicação, autor e apresentador de podcast, foi editado para abreviar e clareza.

O erro mais comum em toda comunicação é as pessoas não considerarem com quem estão falando ou o contexto em que estão falando.

Sou palestrante na Stanford Graduate School of Business, onde ensino comunicação estratégica.

O final do ano e o período de festas tendem a ser muito estressantes para as pessoas no ambiente de trabalho e em casa. Existem muitas tradições e coisas que as pessoas se sentem obrigadas e animadas para fazer. Às vezes, as expectativas podem ser estabelecidas de maneira inadequada ou irrealista no momento – o que pode levar à decepção ou à má comunicação.

Aqui estão algumas dicas de comunicação para passar por uma festa de trabalho ou jantar em família.

1. O objetivo é ser interessado, não interessante

Essa é uma frase que Rachel Greenwald, minha colega que é casamenteira profissional e coach de relacionamentos, costuma dizer. Muitos de nós entramos nesses ambientes de trabalho ou eventos sociais e queremos ser incrivelmente interessantes. Queremos que as pessoas achem o que dizemos realmente envolvente, e isso coloca muita pressão sobre nós mesmos.

Enquanto na verdade você quer ser curioso, quer ser interessado, quer demonstrar que está presente e prestando atenção. Então, faça perguntas, destaque coisas comuns no ambiente e obtenha opiniões das outras pessoas ou compartilhe experiências. Essas habilidades são as que geram afinidade e confiança.

A analogia que gosto de usar é a do “hacky sack”. No “hacky sack”, seu objetivo é apenas manter a bola no ar. Experimente frases como “conte-me mais” ou fale sobre algo que está acontecendo no ambiente.

2. Sinalize ‘bandeira branca’ antes de sair de uma conversa

No automobilismo, eles acenam com a bandeira branca antes da última volta da corrida. Em uma conversa, o que faço é sinalizar: “Ei, quero falar com aquelas pessoas ali, mas antes de sair, tenho mais uma pergunta ou antes de sair, adoraria que você me contasse um pouco mais sobre isso”.

Você sinaliza que vai sair, então se envolve em mais um ponto de conversa ou pergunta. E quando isso termina, você diz: “Ei, obrigado. Foi ótimo conversar. Vou falar com meus amigos”.

O que isso faz é preparar todo mundo. Sinaliza que você vai por um caminho, a outra pessoa vai por outro. Muitas pessoas usam a desculpa de ir ao banheiro. E então você fica preso indo ao banheiro com a pessoa.

3. Considere com quem você está falando e quando

As pessoas simplesmente querem transmitir informações. Tendemos a focar no que queremos dizer, em vez do que precisa ser dito no momento. Muitas vezes, as pessoas não consideram com quem estão falando ou o contexto em que estão.

Meu conselho é pensar e refletir antes de falar. Se estou no trabalho e estou apresentando e propondo algo, penso qual a melhor maneira de abordar o assunto; qual o melhor momento para entregar a mensagem? Mas quando estou sentado à mesa de jantar, é como se eu desligasse essa parte do meu cérebro. Temos que nos fazer algumas perguntas fundamentais antes de compartilhar na festa ou mesa de jantar

  • Quanto a pessoa sabe sobre o assunto que estou prestes a discutir?

  • Quais são as prováveis atitudes que essas pessoas vão ter? Eles provavelmente vão apoiar o que eu estou dizendo? Serão hesitantes ou resistentes?

  • Este é o momento adequado para trazer isso à tona? Tenho tempo suficiente para ter essa conversa? Todo mundo está cansado?

4. Ouvir e refletir de volta não significa que você concorda

Parafrasear é a habilidade de comunicação interpessoal mais importante. Ter a mente aberta, estar presente e estar disposto a ouvir também são importantes nessas circunstâncias. Ouvir e refletir sobre o que você ouve não significa que você concorda.

Muitas vezes, as festas de final de ano reúnem pessoas que não convivem muito juntas. As pessoas têm opiniões e experiências diferentes nos tempos atuais e isso pode gerar conflitos.

Eu acredito que a coisa mais importante para lidar com conflitos é ouvir e apreciar o ponto de vista de alguém sem concordar. E você faz isso ouvindo, parafraseando para confirmar que entende e fazendo perguntas, e então você decide se quer se envolver ou não.

5. Compartilhe uma experiência

Se estamos no meio de uma conversa sobre um possível assunto político, digamos que estamos falando sobre sindicatos e sindicalização. Você pode ter uma posição e eu ter outra.

Eu posso lhe contar sobre um momento em que fiz parte de um sindicato como professor e a experiência que tive. Não para persuadir você de que você está errado necessariamente, mas para comunicar que eu entendo as questões de ambos os lados compartilhando minha experiência.

Tente questionar, parafrasear e compartilhar uma história que demonstre sua compreensão sobre o assunto. Antes de contar sua história, pergunte qual é a motivação principal em contar essa história e o que é mais relevante para a pessoa com quem você está conversando. Se você se fizer essas duas perguntas, sua comunicação tende a ser mais focada e concisa.