‘Escalada sem precedentes da violência letal’ A taxa de homicídios do Equador quadruplicou desde 2018
Unprecedented surge in lethal violence. Ecuador's homicide rate quadrupled since 2018.
A taxa de homicídios do país sul-americano quadruplicou de 5,8 por 100.000 habitantes em 2018 para 26,7 no ano passado, segundo dados do Instituto Igarapé, um centro de estudos de segurança pública no Rio de Janeiro. O aumento acentuado fez com que o outrora tranquilo Equador, onde cartéis de drogas agora disputam o controle de rotas de contrabando usadas para enviar cocaína para os Estados Unidos e Europa, se tornasse tão perigoso quanto o México e a Colômbia.
“O Equador está registrando uma escalada sem precedentes de violência letal”, disse Robert Muggah, co-fundador do Instituto Igarapé. “A última onda de homicídios é devido ao aumento da competição entre gangues rivais de tráfico de drogas.”
Fernando Villavicencio, candidato nas eleições presidenciais marcadas para 20 de agosto, foi morto a tiros na quarta-feira, ao sair de um evento de campanha em Quito, a capital. Seis suspeitos foram presos, enquanto outro morreu após trocar tiros com autoridades de segurança.
O presidente Guillermo Lasso declarou estado de emergência por 60 dias e enviou tropas por todo o país andino, táticas que não conseguiram conter o aumento de homicídios no passado.
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A violência já havia começado a se espalhar para o âmbito político antes do assassinato de Villavicencio. Um prefeito escapou por pouco de uma tentativa de assassinato em maio. Um vereador foi assassinado em junho. No mês passado, um prefeito e um candidato ao congresso foram baleados e mortos em incidentes separados.