Yellen diz que pressionará por recursos do FMI e do Banco Mundial na cúpula do G20

Yellen to push for IMF and World Bank resources at G20 summit

8 de setembro (ANBLE) – A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse na sexta-feira que trabalhará na cúpula do G20 na Índia para obter apoio para aumentar os recursos de empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, a fim de ajudar os países membros a lidar com múltiplos desafios globais, incluindo os novos recursos de cota do FMI.

Yellen disse em declarações preparadas em uma coletiva de imprensa em Nova Delhi que buscará obter apoio do G20 para um aumento “equi-proporcional” nos fundos de cota do FMI pagos pelos países membros, o que aumentaria os recursos de empréstimo do FMI, mas não alteraria imediatamente sua estrutura acionária.

Na quinta-feira, o Subsecretário do Tesouro, Jay Shambaugh, disse em Washington que um aumento na cota do FMI que mantenha o poder de voto inalterado aceleraria mais recursos para países em situação financeira difícil, enquanto os acionistas do FMI poderiam levar mais tempo para elaborar uma nova fórmula complicada de distribuição de ações que dê maior peso às economias dinâmicas de mercado emergentes, como Índia, China e Brasil.

Yellen também afirmou que os Estados Unidos pediram ao Congresso dos EUA permissão para emprestar US$ 21 bilhões aos fundos fiduciários do FMI, incluindo um para os países mais pobres, que “necessitam desesperadamente de mais recursos”.

Yellen destacou o progresso nos esforços ao longo do último ano do Banco Mundial e de outros bancos multilaterais de desenvolvimento para expandir vastamente os recursos de empréstimo e ajudar a enfrentar as mudanças climáticas, pandemias e outras crises globais.

Mudanças no balanço patrimonial a curto prazo em consideração poderiam liberar um adicional de US$ 200 bilhões na próxima década, disse ela. Mais recursos podem vir de medidas de médio prazo recomendadas por uma revisão de adequação de capital do G20, incluindo o uso de capital chamado que é prometido, mas não pago, para respaldar empréstimos.

“Esses são recursos adicionais cruciais para reduzir a pobreza, avançar na segurança da saúde global e combater as mudanças climáticas”, afirmou Yellen.

Yellen disse que abordará o alívio da dívida para os países mais pobres, um tópico que ela destaca em todas as reuniões internacionais, principalmente quando o maior credor bilateral do mundo, a China, está presente.

“Continuamos a apoiar os esforços para fornecer alívio da dívida previsível, ordenado e oportuno aos países, inclusive por meio do (G20) Quadro Comum para o Tratamento da Dívida, onde o progresso tem sido muito lento”, acrescentou Yellen.

O chefe do Tesouro dos Estados Unidos também disse que trabalhará para fortalecer o apoio internacional à Ucrânia na reunião do G20, afirmando que era “crítico que continuemos a fornecer assistência econômica oportuna” por meio de medidas como o programa de empréstimo de US$ 15,5 bilhões do FMI para a Ucrânia e o pacote de apoio proposto pela União Europeia de 50 bilhões de euros até 2027.

Devido à necessidade de combater a insegurança alimentar provocada pela retirada da Rússia de um acordo de grãos do Mar Negro, Yellen pediu apoio ao programa de Agricultura e Segurança Alimentar Global do G20 e ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU.